Novo Nome-Criando doutrinas
2ª parte
João 18
Doutrina não é coisa de homem, doutrinas são de Deus. Desde o Jardim do Éden Deus orienta o homem de acordo com Sua Palavra. A imaginação dos homens é que cria os maiores disparates doutrinários possíveis. Com relação ao novo Nome de Apocalipse 19 não pode ser Ele um Nome expresso em um homem. Irmão Branham disse:
24 – E se há algo que eu queria ser, e desejo de coração ser, foi um verdadeiro servo de Jesus Cristo, meu Senhor e Salvador. Quero que meu testemunho seja limpo, distinto, que resista. Em todos os meus erros eu ainda O amava de todo meu coração. E faço isso nesta manhã com todo meu coração.
Apocalipse, capítulo 5- 1ª parte (A serpente ferida)
Como irmão Branham poderia ser o Próprio Jesus, a Deidade Suprema, assumindo erros? Deus é infalível. Vamos ao testemunho do próprio profeta:
25 – E por causa disso, me obrigo a dizer que estou deixando o ministério, é porque há algo que se levantou entre as pessoas que me fez fazer isto, isto é, que tenho sido tirado de minha classificação de “um ministro,” ou “um irmão” e sendo chamado de Jesus Cristo, e assim chamado… Isso me classificaria como um anticristo. Eu prefiro me encontrar diante de Deus como um covarde do que me encontrar ante Ele como um anticristo, tirar algo Dele. 26 – Eu ouvi disto uns — uns poucos anos atrás e pensei que fosse uma galhofa. E me encontrei com um par de irmãos (dos quais eu não vejo a nenhum deles na reunião esta manhã), dois ou três deles, uma vez, numa viagem de pesca, e eles me abordaram sobre o tema, dizendo: “Irmão Branham, não é você o Messias ungido, o Cristo?”27 – E pus meus braços ao redor do pescoço de ambos os irmãos e todos eles, e disse: “Irmãos, tanto que tenho tratado de ser um verdadeiro servo de Cristo, e não gostaria que vocês dissessem tal coisa como essa. E se isto alguma vez for dito de mim, então deixarei o campo com uma consciência limpa e vocês, que fizerem isso, serão responsáveis por cada alma que eu haveria salvado durante esse tempo; vê, por tirar-me do campo.” E pensei que isso havia se acabado.
28 – E eu ouvi isto uma e outra vez. Porém não foi assim. E outro dia no Canadá um irmão me mostrou um pequeno cartão de uma coisa que ele levava em seu bolso, que dizia: “William Branham é nosso Senhor,” batizando no nome de William Branham. E um pequeno… Um precioso, se isto houvesse sido um inimigo, se houvesse sido meu inimigo, eu haveria entendido que era uma zombaria; porém, um precioso, amado irmão, veio para confessar seus pecados e seus erros e dizer de sua fé em mim como sendo Jesus Cristo. 29 – E eu tenho cartas em casa, e telefonemas de Chicago e de diferentes lugares, perguntando se eu creio nesse dogma.
30 – E tenho toda classe de cartas que chegaram, nos últimos poucos dias, e telefonemas de diferentes lugares, assim, dizendo que eu era Cristo. Irmãos, isso é uma horrível, vergonhosa, perversa mentira do Diabo! Vê? Veja, eu sou seu irmão. Agora, isso poria qualquer pessoa a fugir do campo. Isso faria com que qualquer pessoa que ama a Cristo fugisse da mesma coisa. 31 – Fui ao Senhor aqui há não muito tempo, quando pela primeira vez ouvi isto, a cerca de um ano atrás. Então eu fui ao Senhor e Ele me levou à Escritura, quando João saiu pregando, eles não haviam tido um profeta por tantos anos até estes… Eles todos estavam maravilhados em seus corações, pensando que talvez João fosse o Messias. Assim então eu… João, eles foram e lhe perguntaram, e ele disse que ele não era. Você lê isso em Lucas, no terceiro capítulo, no verso 15. Então isso se acalmou, assim o deixei ir. 32 – Porém quando isto veio, então eu sabia que algo tinha que ser feito. E eu digo isto, que a visão e o Anjo do Senhor que apareceu no rio, se esta há de ser minha última mensagem ou a última coisa à igreja, ao mundo: “Essas coisas são verdade, quanto ao Anjo do Senhor.”33 – E eu fico quieto se as pessoas me chamam de um profeta, muitas vezes, porque um profeta no testamento inglês é só “um pregador, um que profetiza anunciador da Palavra,” e assim por diante. Me mantive porque, você poderia empurrar isso para baixo; porém quando se trata de ser chamado “Cristo Ungido,” ou algo, isso foi demasiado para mim. Assim sendo, eu não pude suportar isso.
Apocalipse, capítulo 5- 1ª parte (A serpente ferida) 1º de junho de 1961.
Quando houve o acerto? (18 dias depois)
3 – E agora, ali está tudo a respeito do que eu estava falando, falando a respeito daquela acusação. Ou melhor, não uma acusação, aquilo veio de um coração honesto, homem temente a Deus, pois meu ministério simplesmente ficou um pouquinho super-… Muito sobrenatural, e eles começaram a pensar que eu era o Senhor Jesus, e começaram uma pequena doutrina a respeito disto. Mas tudo isto parou de uma só vez. Agradeço ao Senhor por isto!4 – E tão logo que eu mesmo saí disto e apenas deixei aquilo com o Senhor e entreguei ao Senhor, aquilo acabou imediatamente, dentro de vinte e quatro horas estava tudo terminado. Me deixou um pouquinho nervoso e um pouquinho contrariado, mas eu sairei disto após algum tempo. Naturalmente isto foi um choque para mim, mas eu estou bem, ótimo.
Apocalipse, capítulo 5-2ª parte (Domingo à noite). 18 de junho de 1961.
Vemos de maneira clara que o irmão Branham discorda da “doutrina” criada pelos bem intencionados irmãos. Evidente é o fato que o ministério do profeta ficou muito sobrenatural, mas ele era nascido de mulher, mesmo possuindo uma incumbência especial, com várias manifestações sobrenaturais, não foi ele quem morreu na cruz. A utilização de nomes é algo muito representativo e de grande significação na Bíblia, importante notar que o nome hebraico de Paulo era SAUL, São Jerônimo na edição conhecida por Vulgata latiniza o nome chamando-o de Saulus, Saulo. Quando Saulo vai aos gentios ele mesmo muda seu nome passando a chamar-se Paulo que significa pequeno.
Saulo e Paulo (Uma mudança de nome)
Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. O nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11.1 – Fp 3.5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9.11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22.3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23.6 – 26.5 – Fp 3.5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1.14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20.34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17.28 – 1 Co 15.35 – Tt 1.12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. Os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23.16), e outros, segundo certa interpretação, em Roma (Rm 16.11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16.7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos Atos dos Apóstolos, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22.20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22.3 – 26.9 – Gl 1.14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9.1,2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26.10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. O zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. O miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9.1 a 19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a 16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26.10 a 18). O primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9.13,14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9.21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9.11). Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16.25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1.16,17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. Isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ (1 Co 9.1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ (1 Co 15.5 a 8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9.17 – cp. com At 22.14). O direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1.1 – 1Co 1.1 – 2Co 1.1 – Ef 1.1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9.18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22.14, 15).
Algo mais
Leia com atenção a explicação do rabino Michael J. Cook, localizada à pág. 35, do livro Jesus Segundo o Judaísmo, coletânea organizada por Beatrice Bruteau e publicada em 2001 pela Editora Paulus, de São Paulo:
Ficamos com Atos 2:38 uma vez que foi assim que fomos ensinados a batizar pelos apóstolos.