E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro.  

Doutrina III (Ensinar não é para qualquer um)

E levantou-se, e foi; e eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros, e tinha ido a Jerusalém para adoração, Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E disse o Espírito a Filipe: Chega-te, e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.

Atos 8:27-35

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O eunuco lia Isaias 53, todavia, não entendia o que estava a ler. Deus providenciou um homem para ir e pregar e explicar as Escrituras para o homem etíope. Sobre o mordomo-mor, ele era um oficial da corte, negro e castrado (eunuco). Um etíope interessado e estudioso das escrituras que parecia ter voltado de Jerusalém, incomodado com a passagem do livro de Isaías sobre o Cordeiro mudo levado ao matadouro (Isaías 53:7-8). As leituras nas sinagogas e templo, nessa época, eram feitas em voz alta, e os pergaminhos do profeta Isaías que anunciam a vinda do Messias, deve ter sido centro de alguma pregação ouvida pelo eunuco que foi pelo caminho repetindo a passagem de Isaías e lendo-a vez por outra em seu pergaminho.

A rainha da Etiópia e seu mordomo, tiveram que viajar cerca de 200 quilômetros para chegar até Jerusalém, a presença de judeus etíopes na cidade era comum, pois haviam adquirido certa influência, a Etiópia havia se tornado o primeiro centro de culto monoteísta do continente africano e tão fantástico foi o encontro do eunuco com o Evangelista Felipe, que escritores antigos como Jerônimo, contam ter sido o mordomo-mor de Candace um dedicado discípulo de Jesus, tendo apregoado o Evangelho na Arábia Felia e nas proximidades do Mar Vermelho chamada Caprobano (alguns chamam celião), onde supõe-se ter sofrido martírio pelo testemunho.

Irmão Branham disse:

 52 Quando Jesus esteve aqui na terra, Ele fez a mesma coisa que os profetas, é por isso que sabiam que Ele era a manifestação de Deus da Sua Palavra. Não precisava ser interpretada.

DEUS É O SEU PRÓPRIO INTÉRPRETE

William M. Branham

05 de fevereiro de 1964

Bakersfield – Califórnia – E.U.A.

Tradução – EUA

http://www.apalavraoriginal.org.br/mensprof/1964-02-05.pdf

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33 Deus faz a Sua Própria interpretação a corações honestos, sinceros, homens e mulheres que olham para a – a coisa que é misteriosa, se você for honesto e sincero e crer, Deus tem uma maneira de interpretar isso a você. Primeiro, descubra se é uma promessa. Se José tivesse ido e se afastado das tradições e tivesse ido à Bíblia, e descoberto, Isaías disse que ela ia assimconceber.34 E as coisas que foram ditas, e o nascimento. Dele, e a respeito de tudo, foi falado pelas Escrituras, “pelos santos profetas, ” como Pedro disse. E ninguém tem direito de pôr interpretação particular nisso. É exatamente o que Deus disse que aconteceria. Ele era a manifestação da Palavra de Deus prometida para aquele dia. Deus disse, de modo que ali estava. Assunto encerrado.

DEUS É O SEU PRÓPRIO INTÉRPRETE

William M. Branham

05 de fevereiro de 1964

Bakersfield – Califórnia – E.U.A.

Tradução – EUA

http://www.apalavraoriginal.org.br/mensprof/1964-02-05.pdf

É interessante que após a conversão do mordomo-mor na deserta estrada de Gaza, temos o relato da conversão de Paulo, na estrada de Damasco (Atos 9). É Deus nos falando que para Ele, não existe lugar nenhum inacessível e oculto aos Seus olhos. Ele resgata vidas em todo e qualquer lugar da terra e utiliza as mais variadas formas de falar conosco. Vejam, o eunuco mor voltava do templo e Paulo era um fariseu que vivia no templo, ainda assim, os dois precisaram se voltar com todo o coração para a Palavra de Deus, compreendendo a necessidade de arrependimento e conversão.

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O dom espiritual de ensinar é um dos dons do Espírito Santo (Romanos 12:6-8; 1 Coríntios 12:28; Efésios 4:1-12). É um dom dado pelo Espírito Santo que permite que alguém transmita de forma eficaz as verdades da Bíblia para outras pessoas. Na maioria das vezes, mas nem sempre, é utilizado no contexto da igreja local. O dom de ensino envolve a análise e a proclamação da Palavra de Deus, explicando o seu significado, contexto e aplicação à vida do ouvinte. O mestre dotado é aquele que tem a capacidade única de instruir claramente e comunicar conhecimento, especificamente as doutrinas da fé e verdades bíblicas.

Deus deu dons espirituais para edificar a sua igreja. Paulo instruiu a igreja em Corinto a procurar edificar e construir a igreja de Cristo, dizendo-lhes que já que “desejavam” ter dons espirituais, que deviam procurar “progredir, para a edificação da igreja” (1 Coríntios 14:12 ). Um dom espiritual (charismata em grego) é uma habilidade supernatural, dada por Deus, para realizar um ministério para a edificação do corpo de Cristo. É dado graciosamente por Deus e não pode ser conquistado. Embora um dom espiritual possa ser desenvolvido, ele exige uma habilidade sobrenatural para ser exercido. Um desses dons é o ensino.

A palavra grega para “ensinar” é didaskalos, que significa “instruir.” Por toda a Bíblia podemos ver exemplos de ensino. O próprio Jesus era o Grande Mestre, e Ele ordenou os seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:19-20). Jesus ordenou os seus discípulos a ensinar os novos discípulos tudo o que Ele havia ordenado, instruindo-os tanto na doutrina quanto na vida santa. Os ministros de Cristo não devem ensinar os mandamentos de homens ou qualquer coisa que não fosse divinamente concebida, mas somente o que é ordenado por Cristo.

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