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Deus está perto de você

Quando eu tinha 10 anos de idade, eu fui me submeter a uma cirurgia no coração, pois tinha sopro no coração. No dia da minha cirurgia, minha mãe estava doente, aí só me restou ir sozinha com a enfermeira para a ala de cirurgia, tinha várias camas que pareciam mais mesas que camas, eram frias e sem lençol, eu não sabia se eu estava com medo ou paralisada, algo parecia que me mantinha calma como se já estivesse anestesiada…  Eu era evangélica da Assembléia de Deus na época. Quando eu me deitei naquela cama fria, tinha dois médicos ao meu lado, eu, os vi mexendo com aquelas tesouras, aquelas injeções, aquele monte de instrumentos de trabalho. Não sabia para que tantos objetos, então havia um médico calmo e outro estressado ao meu redor. Sempre o calmo dava a palavra final sobre o que fazer.  Na hora da anestesia geral, esse médico bom sugeriu dar a anestesia geral, depois que eu dormisse com o ar, era uma outra anestesia, essa era do tipo de um ar que coloca no nariz, então o médico estressado, sempre em atrito com o médico mais calmo, queria me dar a anestesia geral primeiro. O mais calmo, dando a palavra final, o médico estressado saí da sala e fala: você é que sabe. Percebi que o médico mais calmo sempre se preocupava comigo, quando sozinha com ele, ele fez da maneira que fosse o melhor para mim, deu-me esse “arzinho” no nariz para eu dormir. Eu não queria respirar esse ar, pois estava com medo de morrer, então o médico me perguntou: o que foi? Então eu disse: Não me deixe morrer. Ele me respondeu: Não deixarei você morrer. Dentro de mim, comigo mesma, fiz a pergunta: Como vou ter a certeza se nem ele sabe? Mas algo estranho aconteceu, parecia que o médico sabia o que eu estava pensando. Começou a me falar umas coisas, achei que era mais uma daquelas historinhas que eles contam para as crianças não ficarem com medo, só que foi diferente, ele começou a dizer que me via todos os dias na minha igreja. Perguntei: Como você sabe que sou evangélica? Disse: Já sei, minha mãe lhe disse ou a enfermeira ou outro médico. Ele disse que não conhecia minha mãe e ninguém havia dito para ele, pois ele ficava só, na sala de cirurgia, ninguém desce ao sétimo andar onde eu estava, pois o hospital era enorme, que até se perdia lá dentro. Então ele me disse que me via todos os dias, ai disse: Como? Eu nunca lhe vi lá. Ele disse: Você é de Araxá, não é? Eu disse que sim. Perguntei: Como você sabe? Então ele tornou a dizer: Eu lhe vejo todos os dias, só quem você não me vê, mas estou sempre ao seu lado. Então a “ficha caiu” que a gente estava em Belo Horizonte, como ele fazia para estar em Araxá ao mesmo tempo? Apaguei com a anestesia. Com 11 anos já em Araxá, não vi ele na igreja, então resolvi contar a minha mãe que eu pedi ao médico para não morrer, disse que ele ficou falando coisas estranhas… Ela disse que era Deus falando através desse médico, então entendi. Com 12 anos desviei da Assembléia de Deus, minha mãe e irmã batizaram lá, só que eu não quis, não fui batizada em igreja alguma. Tempos depois, minha mãe deixou a Assembléia e através do seu irmão, creu na Mensagem e foi batizada e eu, hoje com 28 anos, através de minha mãe, cri na Mensagem e também fui batizada em Nome do Senhor Jesus Cristo, então entendi o que Deus havia preparado para nós e tem mais testemunho, pois fui bem abençoada até chegar a esta Mensagem, por isso creio que tudo foi Obra de Deus. Amém.

Irmã Eunice (Araxá-MG)